segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BRAD

dia vinte e dois de outubro
do ano de dois mil e nove,
poema breve,
escrito com a ponta dos dedos,
o monitor bem à minha frente,
percutindo dedo e tecla,
numa maquinação crepuscular,
o fogo irradiando da cabeça,
ígnea,
os olhos enevoados,
brad mehldau na cabeça,
o som do piano em ecos
de oitavas em cascata,
o parque nas minhas costas,
enche-me o quotidiano
de arvoredos, densos,
florestais.
os barcos remando no lago
enchem-se de peixes fantásticos
e crianças atiram bolas de pão
aos pombos.

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