sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MARGEM (aos observadores atentos de rios)

Eu sento-me na minha margem,
onde ninguém passa,
sentado e quieto como as pedras
deste ribeiro da vida que observo.

Sem que ninguém se aperceba
que o rio não traz água,
que a secura também é um leito
onde sozinho me vai desaguar.

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