Borges acordou deitado a meu lado,
acompanhou-me nesta segunda-feira,
de casa para o trabalho, acordado e lúcido,
um cego incha-nos os sentidos,
ficamos com a pele arrepiada.
Ele olha as ruas da cidade
como ductos nostálgicos,
ouve-se um bandoneon,
transporta Buenos Aires nos poros,
eu fico a escutar a melodia,
como se nunca a cascata de som
me tivesse visitado: Astor.
Queria que me visitasses,
assim, nalguns dias,
nas segundas-feiras:
serei cego como tu.
Veremos.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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