O poeta chega exausto,
de tanto caminhar,
na estrada de pó,
na poeira do sonho.
Chega com pérolas grossas
de água na fronte.
Procura uma fonte,
uma água, uma sede.
O poeta que chega sempre,
parte invariavelmente de novo.
Em busca de uma geografia
de palavras improváveis.
Impossíveis.
Há dias em que as palavras
me saem das veias,
como pássaros purpúreos.
Estou cansado deste voo circular,
que se liberta da humidade matinal.
O poeta tem as mãos sujas,
da sombra dos dias.
O poeta cresce como erva daninha,
nos quintais.
O seu peito nu,
acolhe um coração fraco,
de corda.
Feito de ruas estreitas,
medievais, num tempo antigo
e lento: arrítmico.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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Este dedico-o ao Henrique Fialho.
ResponderEliminarAgradecido.
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