Uma a uma as linhas vão-me saindo das veias,
palavras amarrotadas por uma luz que cega.
Duas ou três vezes por noite acendo o candeeiro,
procuro o papel e vomito as palavras ruminadas.
A luz apaga-se na voz, adormecida.
O teu corpo abre uma cratera de vida,
no meu corpo, eu queria viajar na cidade,
nos túneis das palavras que me disseste,
não te quero esta noite, nunca mais.
Outra vez acendo a cabeça de prata,
uma fome de ascender à montanha do mal,
uma lâmina no cume, reluzente,
abraça o teu tronco de sangue,
a nudez da noite pode completar,
a sinfonia da solidão.
domingo, 18 de outubro de 2009
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