transparentes paisagens tecem-se em mim
balbucio um desejo
o tempo ensinou-me como deve ser precedido de recolhimento e preces
o mágico ofício do barro
Al Berto
Olhar mais além,
sempre além de nós mesmos,
além das palavras meu amigo,
olhar e ver aonde os olhos nunca poderiam ver,
tocar onde mãos nunca ousariam tanger,
mãos e olhos paralelos constroem a geografia das palavras
os olhos conduzindo-as como rebanho irreverente
as mãos trigueiras, de marcas solares,
moldando a marcha do poema,
estas são as paisagens que semeio,
que viverão depois de mim
sobreviverão:
amanhã
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
As mãos e o olhar
ResponderEliminar:)