sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SUITE RÚSTICA

a boca gritou a uma só voz soprano
(as orquestras de espuma vogando)
a casa gritou do quarto de bonecas
(o som oco de árvores percutidas)
o corpo imerso no pólen
(o prelúdio de flores campestres)
a terra deglutindo o sol

3 comentários:

  1. Que bela escala diatónica se denota em tal poema.
    Aprendiz?
    Quem se considera mestre perdeu o sentido da vida, na minha opinião temos de ter sempre um espírito aprendiz para que possamos viver e estar em sintonia com o mundo.
    Eu sou uma aprendiz de tudo.
    Não ensino português, mas estou a formar-me para tal.
    Por enquanto vou corrigindo o mau português que ouço e leio.

    Bem haja, Paulo.

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  2. Aprendiz uma vez, aprendiz sempre. Os blogues devem ser campo fértil para essa lavoura.
    Abraço.

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  3. Aí está um bom slogan do quotidiano.
    E que lavoura, bem árdua e meticulosa.
    Abraço, bem haja.

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