Passei toda a vida
a fingir que sou eu
que nunca fui outro
a fingir essa possibilidade
improvável
numa matemática sem abrigo
tal como o horizonte imperfeito
da ciência dos homens
e sempre vagueei fora de mim
como se tratasse de um segredo
só meu ouviram
só meu
mas perante a equação resolvida
sem resultado certo: o infinito
diziam confirmo o axioma
de nenhuma certeza porém
tal como o horizonte certo
a fina linha que separa corpo e alma
habita em mim e no outro eu
e como essa impossível ciência
os traz inseparáveis em mim
como falsos siameses.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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