Ouço o crepitar da cidade nas ruas,
pessoas que na sua trajectória
rectilínea, quase perfeita
digo quase na esperança do choque
frontal com destroços de mãos
e pernas e velocidade de ancas
na penumbra dos corpos lançados
na fúria do instante,
libertação de energia
liberação
o sexo na rua é puro: é livre
respira-se a plenos pulmões
o ar transforma-se,
a cidade sublima-se
os corpos abrem como pétalas.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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