segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DEZEMBRO




Agora não me apetece escrever. Pouso o caderninho de capa preta e a caneta. Pouso a cabeça a um canto da almofada. Dou um pouco de ordem nas pilhas de livros e papéis rabiscados. Abro a janela e deixo dezembro entrar. Com o primeiro dia do mês entra uma ponta de ar frio, espalhando um manto branco, gélido de papel, pelo chão do sótão.
Basta-me ouvir a percussão dos pássaros nas telhas e ver o ar gelado no azul do céu.
São as paisagens que a metereologia oferece.

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