sábado, 21 de novembro de 2009

II

Luz e sombra
vestígios do invisível
ou visibilidade eterna
vértices de luz
borges cegou e
via-nos com as mãos
nas mãos nas folhas
escurecidas de claridade
há muito que não vejo
as cores na verde copa
das árvores das mãos
desramadas
tenho uma floresta
no ventre que mata
a fome da fome
saciada
tenho e não tenho
nada ou tudo ou frio
no gelo do fogo
no degelo e de novo
a floresta que vem
e que vai mais além
e ondula na câmara escura
da Luz e sombra.

2 comentários:

  1. é poesia pra sentir bem.
    o contraste da luz e da sombra.
    "tenho uma floresta
    no ventre que mata
    a fome da fome
    saciada"
    não faço bem ideia do seja, mas já gosto muito das imagens.
    as paisagens de papel criam vida nas tuas letras.
    abração.

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  2. Eu também não faço ideia mas saíu ... assim.
    As "paisagens" são um mito, os leitores é que me interessam. Não sei quem são, mas gosto.

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