sábado, 21 de novembro de 2009

I

Um som bruto, informe
um gesto bruto
uma forma áspera
de representar o real
o poema surge a
meus olhos toscamente
fabricado
saído das minhas
rudes mãos do

Silêncio

é esse silêncio emudecido
que atravessa a palavra
rude e bruto, áspero
como escamas do meu
corpo salgado
camadas de pele
ressequida por ventos

Oceânicos

de ondas revolvendo
ondas areais
aéreas areais
nessa espessura de
água e areia
a pele purifica-se
o poema de sal
cobre o interior

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