Ontem descobri na minha carteira um papel velho, misturado com cartões, pedaços de identidade, algumas fotografias deformadas na bordadura de renda.
O papel dizia qualquer coisa imperceptível, transportada dum tempo incerto: pela primeira vez pensei ser o tempo certo para escrever as memórias.
Voltei a colocar o papel amarrotado no separador da carteira.
Pensei: uma fotografia a preto e branco pode levar-nos intimamente a uma labareda da alma esquecida.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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