O rio conduz as águas no trilho do rebanho,
A multidão organiza o curso do tempo,
enquanto o rio retorna à nascente
desapontado com o leito exíguo, minúsculo.
O poeta, comedor de papel,
enrola a pasta sob a língua
e pensa no próximo livro,
que acaba de ser adiado, pela metereologia.
A chuva arrasta os papéis na corrente,
notícias em directo da intempérie,
recortes de sangue nos freixos da margem.
Um silêncio de águas represadas, reprimidas,
vai engordando na baía do ventre,
um fruto: (dizem) o pecado original.
sábado, 7 de novembro de 2009
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