domingo, 22 de novembro de 2009

IV

Existem paisagens na terra do poema
entre mim e as palavras cultivadas
nos renques da terra fecunda
mas essa terra arada
é uma ilusão a meus olhos
a terra é magra como papel
branca, suavemente suja
como os punhos da camisa que arrasto
sobre as mesas de café aromáticas

No jazz, um ritmo de várias terras,
junta-se e danca-me no corpo,
Estou possuído pelo balanço de cordas,
na síncope percutiva, na febre do peito
Coltrane lavra em todas as direcções,
noite dentro, em hotéis que são
a minha casa desde sempre
que me perco no som.

1 comentário:

  1. este seria o prefácio?
    simplesmente sublime.
    ;-)
    saudações de um domingo que fez sol ao entardecer.
    pra se poder dançar.
    abração.

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